Sunday, November 11, 2007

la pluie, la pluie, encore une fois la pluie.

... e foi preciso que ela, a chuva, talvez a mais freqüente e a mais inconstante das minhas amantes, viesse uma vez mais me surpreender para que pudesse, enfim, compreender que o estar-com-alguém somente carrega um mínimo de sentido quando já se perdeu o medo do estar-sozinho (ou tão somente só). Ela, sempre ela, conseguiu trazer a meu rosto esse sorriso sincero de que somente os bobos tolos inocentes são capazes, após aprenderem (ou ao menos se convencerem) que silêncio não é opressão, distância não é ausência, amor não é repressão. Pude, assim, seguir despreocupada pelas ruas, dando lugar ao andar de um pensamento, ao pulo de uma idéia, ao som do vento, ao molhar das vestes, brancas e frágeis vestes.

[ tem alguns dias de idade. hoje não choveu. ou não vi, pelo menos. e não sei bem o que quis ou quer dizer até agora. ficou meio clarice lispector. o que é um tanto estranho, não leio a tiazona-solteirona há um bom tempo. ]

Monday, November 05, 2007

for today I am a child.

Talvez tenha entendido, afinal, porque criava tantas complicações desnecessárias. Uma relativista convicta, torturada por desejar sempre o absoluto, por se perder em buscas labirínticas pela perfeição, era o que a menina era, em última análise.

(Mas encontrara uma espécie de equilíbrio, ilógico, absurdo, transitório, sem dúvida, mas lhe bastava por esses instantes.)

[ não gosto desse pseudo-texto. mas surgiu a súbita vontade de postar uma qualquer coisa qualquer, e foi o melhor, ou ao menos o mais minimamente publicável, que consegui desenterrar por aqui. ]