A menina encontrara, enfim, uma nova forma de diversão. Era, em princípio, muito simples: bastava se agarrar a uma história falsa qualquer e em sua expectativa passar a viver. Isso logo se tornou sua tortura. Em meio a toda a excitação por ver funcionarem suas saídas, acabava sufocada por nunca conseguir estar certa de que se tratava de fantasia, e nada mais.
Para que, então? Para não enlouquecer? Para que se preocupar tanto, se se resolverá em algo tão bobo banal baixo? Para que, se tudo já parece estar aqui, em alguma outra parte de mim, ou ali, nesta imensidão de Outros superiores?