Saturday, September 08, 2007

exercício dadaísta de metalinguagem.

Quando me forço a escrever, acabo por ignorar os limites do exagero. Assumo um tom dramático, catastrófico até, que pouco tem da máscara conciliadora que costumo vestir. Inocente engano. Esse - e tantos, tantos, muitos mais do que posso pretender saber - é apenas mais um tom, mais uma textura, mais uma face. Desistindo de empreender uma busca labiríntica por saídas, sigo, pouco importando para onde, desde que chegue às paragens certas. Faço-me em paradoxo, e fico a ziguezaguear pelas ruas, gritando para ninguém, que me escuta atentamente.


[ das profundezas do caderninho azul, na falta de coisa melhor. ]

2 Comments:

Blogger debinh5 said...

Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público

4:34 PM  
Blogger debinh5 said...

um brinde á T. Tzara!


;)

4:35 PM  

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