menina.
Ela se espremia entre as apenas aparentemente frágeis grades vermelhas. O rosto moreno, frágil, parecia querer atravessá-las, em busca de tudo aquilo que lhe fora negado naquela desbotada escola de não-oportunidades. A mochila nas costas, a escancarar a vontade de fugir. Chorava. Chorava um desesperado pranto úmido-seco, escandaloso suplício silente. Chorava de um jeito que as pessoas parecem não mais saber reproduzir ou compreender. Teria sido esquecida? (Ainda mais que fora até então?) Ignorada, certamente era. A observar, de longe, eu imaginava: alguém mais a vê? Alguém mais próximo, que possa dar forma a todas essas divagações vazias, muito provavelmente o mais distante que se pode estar dos verdadeiros motivos... Chorava. De longe, tão longe - parecia demasiado próxima. Em meio a essa eternidade de pensamentos suposições sensações, ela acabou por me envolver. De dentro, por dentro. De perto, enfim. Porque ela chorava. E não me enxergara, e jamais me veria, mas eu nunca deixaria de lhe observar. Ela chorava, e eu nada poderia fazer. Ela chorava, e era só uma menina.
[ isso não é uma historinha nonsense, e muito menos ficção. ]
[ isso não é uma historinha nonsense, e muito menos ficção. ]
1 Comments:
Te adoro, porkelucha.
Ass.: Panda
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